Entrevista com Rafael Motooka, técnico da Seleção Sub23 de Beisebol

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BEISEBOL E SOFTBOL

Entrevista com Rafael Motooka, técnico da Seleção Sub23 de Beisebol


A partir do próximo dia 21 (fevereiro), nossa Seleção Sub23 encara seu maior desafio nessa temporada: a busca pela vaga na Copa do Mundo da categoria. Para isso terá de enfrentar grandes adversários do continente e ficar entre os três primeiros no Panamericano em Honduras e Nicarágua.

Para comandar essa grande geração de atletas, em que muitos atuam fora do país e tem passagens pela seleção adulta, a seleção terá em seu comando Rafael Motooka de Oliveira, ou simplesmente, como é conhecido no beisebol, o Motooka.

Há 30 anos no esporte, 22 deles como jogador, com muitas passagens pela Seleção e nas ligas menores norte-americanas, Motooka conhece bem essa geração de jogadores oriundos do CT em Ibiúna. Hoje atua como preparador físico no CT com os jogadores do projeto em conjunto da CBBS com a MLB, e também é scout do Boston Red Sox.

Vencedor do prêmio Brasil Olímpico em 2007, ano em que disputou o Panamericano do Rio de Janeiro com a seleção, o treinador já está em sua terceira competição como treinador principal, além de outras quatro passagens como membro da comissão técnica.

Lucas Rojo, Motooka, Makoto Chinen e Ken Nishiyama com a Seleção no Pan Sub12 em 2017

Para entender um pouco mais da preparação desta Seleção Sub23, fizemos algumas perguntas para o treinador.

Como foi o processo de convocação dos atletas, em que a lista inicial tinha 51 nomes e finalizou em 24, ainda mais com uma grande geração de atletas atuando bem no país e fora dele?
RM.
Foi bem acirrada a disputa, mesmo tendo alguns jogadores que não foram liberados pelos clubes de fora. Foram dois finais de semana onde nós da comissão técnica tivemos uma boa oportunidade de escolher bem os atletas.

Como tem sido feito os treinamentos? Desde quando e até quando serão os treinamentos? Os atletas têm ficado em Ibiúna?
RM.
Começamos dia 01 de fevereiro com os 24 selecionados. Os treinos com o time completo são realizados apenas nos finais de semana. Nestas duas primeiras semanas alguns atletas ficaram a semana inteira no CT em Ibiúna. Já na última semana, antes da viagem, metade dos atletas ficarão no CT em Ibiúna.

Quando a seleção viaja para a Nicarágua? Realizará treinos no país antes da competição?
RM.
Sairemos terça dia 19 de fevereiro. Sobre os treinamentos lá, provavelmente somente será realizado um treino.

Com sede na Nicarágua, nossa seleção está num grupo forte com as seleções de El Salvador, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela. Os três primeiros do grupo garantem vaga para o Super Round, a fase final.

Como você avalia a força desse grupo e as dificuldades que a seleção irá enfrentar?
RM.
Com certeza o nosso grupo está mais forte, mas vejo que a sequência dos jogos pode nos ajudar. Mas nesta competição cada jogo é uma batalha e temos que ir jogo a jogo para poder buscar a classificação.

Qual a projeção para essa primeira fase em termos de desempenho e resultados?
RM.
Tentar o maior número de vitórias na primeira fase. A chave para a classificação para o mundial será essa primeira fase. Se conseguirmos sair entre os primeiros teremos chances.

A estreia no dia 21 será diante de El Salvador, qual a vantagem de não enfrentar logo na estreia uma das seleções mais fortes do grupo?
RM.
É uma grande vantagem, pois vencendo o primeiro jogo os atletas psicologicamente sentem mais confiança. Mas como disse anteriormente, cada jogo é uma batalha e temos que tentar vencer o maior número de jogos nesta primeira fase. Assim saindo entre os primeiros teremos mais chance de classificar para o mundial.

Este Panamericano (Pré-Mundial) reserva três vagas para a Copa do Mundo em Outubro deste ano no México.

Considerando as ausências de México, EUA e Canadá, mas ainda contando com seleções como Cuba, Dominicana e Venezuela, qual a projeção que a comissão técnica faz para uma segunda fase e possível classificação para o Mundial?
RM.
Mesmo sem essas 3 potências do beisebol mundial, é um torneio bem competitivo. Mas mesmo sendo um torneio de alto nível, vejo grandes possibilidade de classificação para o mundial.

Deixe uma mensagem para os amantes e torcedores do beisebol no país:
RM.
Primeiramente gostaria de parabenizar a todos os praticantes deste maravilhoso esporte que é o beisebol, pois sei quantas são as dificuldades que temos para a prática (em todos os aspectos). Espero que com essa mensagem possa motivar e incentivar a todos, para que possamos massificar cada vez mais esse esporte tão lindo. Gostaria de agradecer a CBBS pela a oportunidade de mostrar um pouco da minha vida para o beisebol Brasileiro. Muito obrigado!

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